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XI Prêmio República: campanha de combate à violência política é a primeira a vencer categoria “Homenagem a Ela”

XI Prêmio República: campanha de combate à violência política é a primeira a vencer categoria “Homenagem a Ela”

“Política é substantivo Feminino. O trabalho do GT de Combate à Violência Política de Gênero” venceu a categoria “Homenagem a Ela”, uma novidade do XI Prêmio República, que tem como objetivo reconhecer iniciativas de promoção à equidade de gênero. A cerimônia de premiação foi nesta terça-feira (9) em Brasília/DF.

Foi das mãos da subprocuradora-geral da República aposentada, Ela Wiecko – que dá nome à categoria, que a coordenadora do GT, procuradora regional da República Raquel Branquinho, recebeu o troféu.

“Fico muito emocionada com este momento, principalmente, recebendo o prêmio das mãos da Dra. Ela [Ela Wiecko], que representa a luta pelo gênero feminino na nossa instituição e no nosso país. Agradeço à ANPR pela iniciativa. Depois de assumir esse projeto, eu percebi que os problemas estruturais no Brasil se relacionam. A questão da corrupção, o patrimonialismo, a misoginia, o racismo. Quem enfrenta um dos desses problemas sabe como é difícil e sabe que é preciso trabalhar em todas as vertentes. E vamos continuar no enfrentamento à violência política de gênero”, discursou Raquel Branquinho.

A coordenadora da Comissão ANPR Mulheres, Manoela Lamenha, lembrou que a diretoria da entidade oficializou a honraria em agosto do ano passado, quando ocorreu o 1º Encontro ANPR Mulheres, momento em que Ela Wiecko também foi reconhecida.


“Foi uma forma de homenageá-la todo ano e eternizá-la no Prêmio República. Ela se dedicou em alma nas mais diversas áreas de atuação, principalmente, na área de direitos humanos e luta pela equidade de gênero. Nos seus mais de 47 anos de MPF os seus olhos viram além e, agora, além, seguem seus passos nos inspirando, nos incentivando e nos transformando”, declarou.

A homenageada, lembrada por tentar garantir igualdade entre homens e mulheres no âmbito do Ministério Público, entrou para a história por ser a primeira e única mulher a presidir a ANPR. Ela lamentou a baixa presença feminina na instituição e demonstrou-se confiante na honraria como mais um passo para mudar essa realidade.

“É uma honra. E o que me deixa mais feliz é a estratégia da ANPR e da ANPR Mulheres, porque isso obriga daqui para frente colegas homens e mulheres a fazerem um trabalho em prol da igualdade de gênero. Quero que nossa instituição, o Ministério Público Federal, não continue do jeito que está, com uma sub-representação feminina de menos de 30%”, alertou.

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