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Subprocurador-geral da República Augusto Aras participa do projeto “Praça da Justiça e Cidadania” no município baiano de Canudos

Subprocurador-geral da República Augusto Aras participa do projeto “Praça da Justiça e Cidadania” no município baiano de Canudos

“Hoje, temos a impressão de que tudo começou ontem. Não somos os mesmos, mas somos mais juntos.” Foi assim que o ex-procurador-geral da República Augusto Aras abriu a palestra “A Guerra de Canudos na perspectiva do sertanejo, na obra de José Aras”, em Canudos (BA), citando com eloquência as palavras do romancista Guimarães Rosa.

O subprocurador-geral da República foi convidado a participar do programa Praça da Justiça e Cidadania. Ao longo da fala, buscou comparar a ausência do Estado, há 130 anos, e a situação atual, em busca de desenvolvimento econômico e social sustentável, no município localizado no sertão baiano, cenário de um dos principais conflitos que marcaram o período de 1896 a 1897, e resultou na morte de cerca de 25 mil pessoas.

O momento foi de reflexão sobre a consagrada obra de Euclides da Cunha, mas também de partilha e presença comunitária. Instituições do Estado levaram à população, por meio do projeto, a solução de conflitos fundiários, atendimentos previdenciários e assistenciais, emissão de documentos, casamentos, reconhecimento de paternidade e outros serviços essenciais.

“A Praça da Justiça e Cidadania é onde o Estado se faz presente para atender à sociedade, realizando justiça social no plano formal daquilo que é absolutamente necessário para o exercício dos direitos de cada cidadão”, explicou Aras.

A iniciativa, promovida pelo Governo da Bahia em parceria com o Ministério Público e outras instituições do Sistema de Justiça, levou às ruas nordestinas um propósito claro: melhorar a realidade social da região e aproximar o Judiciário da comunidade.

E que forma melhor de promover essa aproximação do que valorizando a cultura? Augusto Aras celebrou as raízes e a história de Canudos, prestando homenagem aos moradores locais e aos ancestrais que presenciaram o conflito.

“Que o povo do sertão e dos sertões possa se perpetuar na memória de todos com a sua grandeza, não obstante as dificuldades e intempéries que enfrenta com o clima, a terra e as questões político-sociais que marcam esses 150 anos”, concluiu Augusto Aras.

Assista à palestra.

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