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XI Prêmio República: reportagem sobre o drama de comunidades atingidas pela extração ilegal de minérios vence na categoria jornalismo audiovisual

“Vidas em ruínas” garantiu o 1º lugar na categoria Jornalismo Audiovisual do XI Prêmio República, iniciativa da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A solenidade de premiação foi, nesta terça-feira (9), em Brasília/DF.

O documentário exibido pela Record TV mostra o drama de 55 mil pessoas que tiveram de deixar as casas, após atingidas por um tremor, em 2018, em bairros localizados em Maceió (AL). De acordo com as investigações, o fenômeno teria sido provocado pela exploração de minério na região.

“A gente foi ver que as pessoas apesar de terem sido contempladas com acordos e indenizações não estavam satisfeitas. E milhares de pessoas ao redor da região, também afetadas, não tinham sido contempladas com acordos e precisavam de ajuda”, contou um pouco sobre a reportagem um dos jornalistas envolvidos na produção e edição do material.
Rodrigo Favero agradeceu à ANPR, à emissora onde trabalha pela oportunidade e recebeu o troféu da vice-presidente da ANPR, Ana Carolina Roman.

Participaram também do projeto os profissionais Marcus Fabrício Moraes Reis, Tarcísio José Baptista Neto, Gustavo Marcelo Costa, Pablo Toledo Florentino da Silva, Enéias de Oliveira dos Santos, Leandro Miguel Alves Pasqualin, André Vinícius Silva, Renan Laranjeira e Camila Lopes Babilius Medeiros.

Em 2º lugar, ficou a reportagem “Desaparecidos na Fronteira”, também da Record TV, de autoria dos jornalistas Mariane Salerno, Gustavo Marcelo Costa, Mariana Ferrari, Leandro Pasqualin e Mikael Fox.

A reportagem “Quadrilha usava porto do Rio para despachar contêineres cheios de cocaína para a Europa”, ficou em 3º lugar. O material produzido pelos profissionais Marcelo Gomes Pereira, Marcelo Martins Bruzzi, Mahomed Mahmud Saigg, Pedro Mendes Levier e Alexandre Rodrigues dos Santos, foi ao ar na TV Globo.

A reportagem “Demétrio, transsexual, homem negro, 23 anos”, de Wagner da Cruz Leal da Silva, da produtora Comunica RJ, recebeu a menção honrosa.

 

Jornalismo escrito

Na categoria Jornalismo Escrito, a reportagem vencedora foi “Dobradinha Denarium/Bolsonaro mantém garimpo em terra Yanomami”, de Marina Amaral, publicada na Agência Pública, sobre a atuação e os impactos do garimpo ilegal na comunidade indígena.

A jornalista fez um agradecimento especial aos procuradores que lutam em defesa da Amazônia e dos povos na região.
“Muito obrigada aos procuradores e aos jurados. Em nome da Agência Pública, eu quero cumprimentar o Dr. Ubiratan Cazetta, que tanto lutou contra a Belo Monte, Dr. Alisson Marugal, que fez um trabalho incrível em Roraima, em defesa dos Yanomamis, Dr. Felício Pontes, que trabalha na Amazônia, com os indígenas. Eu agradeço muito ao Ministério Público”, ressaltou a jornalista.

O troféu foi entregue pelo conselheiro Antônio Edílio, membro do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

“Política armamentista fortaleceu o crime organizado no Brasil, assinada por Rafael Soares e publicada no O Globo, ficou com a segunda colocação.

Em 3º lugar, ficou a reportagem “Farra ilimitada”, de Breno Pires e Egberto Márcio Nogueira de Medeiros e Silva, publicada na Revista Piauí.

O texto “A Máquina Oculta de Propaganda do iFood”, de autoria de Clarissa Levy e Thiago Rafael Domenici, publicada na Agência Pública, recebeu a menção honrosa.

A categoria Jornalismo busca identificar e reconhecer o trabalho da imprensa, que mostra a atuação do Ministério Público Federal.

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